O TRABALHO COM A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

TRABALHO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE EDUCAÇÃO

RESUMO
Esse Trabalho tem por finalidade o estudo das contribuições que a música pode proporcionar no processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil. Tal estudo aborda como o uso da música se faz presente em sala de aula e com que frequência isto acontece, buscando evidenciar suas contribuições na formação dos educandos, procurando identificar as relações que são construídas com a utilização das músicas como meio de incentivo e prazer para a aprendizagem.
Existem inúmeras possibilidades de buscar as contribuições da música no processo ensino-aprendizagem da criança, uma vez que ela se faz presente em suas vidas muito antes da sua alfabetização. A afinidade com a música, pode se iniciar muito antes do nascimento, na barriga materna e segue no decorrer da infância, através das brincadeiras infantis, onde as crianças usam a música como forma de expressão, relações sociais, diversão, alegria e aprendizagem.
A justificativa deste trabalho está relacionada ao interesse de observar como a música é trabalhada em sala de aula, sendo ela significativa ou não. A metodologia utilizada foi à revisão bibliográfica sobre os seguintes autores: Brito (2003), Loureiro (2008), Granja (2010), entre outros, e pesquisa de campo com observação da prática do uso da música com uma turma com crianças de três e quatro anos de uma professora da rede pública do ABC. Concluo nesta pesquisa que o uso da música está presente em sala de aula de maneira significativa, sempre apresentando novos vocabulários e levando a criança ao aprendizado prazeroso.

Palavras-chave: Música e sala de aula; contribuições significativas; prática pedagógica.



introdução
As concepções teóricas norteadoras da pesquisa foram baseadas nos seguintes autores: Brito (2003) que classifica a importância da música como vivencia na Educação Infantil, onde destaca que somos seres musicais, que a música é importante para nossa vida e por isso deve fazer parte do currículo das escolas; Loureiro (2008) explica que o aprendizado de música deve ser um ato de desprendimento prazeroso, que comungue com as experiências da criança sem ser uma imposição ou que busque a qualquer custo que a criança domine um instrumento, o qual pode minar sua sensibilidade e criatividade e Granja (2010) aponta que a música é um conhecimento importante na formação das pessoas e consequentemente nos programas escolares, pois o sentido maior de qualquer aprendizagem deveria estar na articulação entre as atividades de natureza perceptiva e os momentos de elaboração conceitual; no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) ressalta que, A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia.
A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil e no Proinfantil (2006) afirma que a música, a dança, o teatro, assim como as brincadeiras, revelam possibilidades muito maiores do que disciplinar corpos, trazem contribuições mais interessantes do que deixar as crianças mais calmas, menos agressivas e em melhores condições para frequentar a escola, respondendo às suas exigências e conteúdos preestabelecidos. As músicas, a dança, o teatro e outras manifestações culturais constituem ricas formas de experimentação do mundo, de compartilhamento corporal de conhecimentos, memórias, valores, conceitos e preconceitos, com todas as suas marcas e tensões. Ao experimentar e se apropriar do mundo, fazemos parte de sua história, tornamo-nos sujeitos, podemos desconstruir discursos e construir novos até então inimagináveis.
Neste sentido, os estudos bibliográficos serviram de base teórica para a concepção sobre o tema focalizado, na busca da compreensão do mesmo e através das pesquisas de campo, pude analisar a prática em sala de aula, em relação ao uso da música na Educação Infantil.
Portanto, apresento no primeiro capítulo a história da arte, música no Brasil, apresentando de uma forma resumida, sua trajetória histórica. No capítulo dois iremos entender sobre a história da música e suas contribuições e como ela chega à educação infantil. No capítulo três, discorro sobre a contribuição da música para o processo educativo, e sua importância no desenvolvimento das crianças. No quarto capítulo apresento a pesquisa de campo com relatos da observação realizada junto à professora de uma turma de três e quatro anos, da rede de ensino de São Bernardo do Campo, onde poderei questionar a contribuição do trabalho com a música, como objetivo fundamental no cotidiano escolar.
E ao final deste trabalho constato a importância do uso da música na produção intelectual humana de ensino aprendizagem, onde observei se a professora da Educação Infantil trabalha ou não de forma significativa a música em sala de aula.

 1 - HISTÓRIA DA ARTE
A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos existentes. Ela atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. Desde a pré-história, o homem sempre criou elementos que o ajudassem a sobrepujar as suas necessidades e a vencer desafios.
Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos, algo que a utilidade pública muitas vezes não consegue questionar, somente considera a sua beleza. Eles são conhecidos como obra de arte. Elas fazem parte da cultura do povo e são capazes de ilustrar situações sociais ou não.
A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto à sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma obra.
Podemos identificá-las de todas as formas: arquitetura, música, cinema, teatro, dança, etc. Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.
Nela, aprendemos a refletir sobre as principais filosofias e os principais críticos da arte, assim como o estudo dos objetos artísticos e os diferentes contextos sociais.

A arte brasileira

A arte brasileira surge da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da Pré-História há mais de cinco mil anos, até a arte primitiva. Ela também foi influenciada pelo estilo artístico de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da Pré-História brasileira, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo território e tombados pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra a ser citada é a arte indígena, na época do descobrimento do Brasil, quando no início, havia cerca de cinco milhões de índios. Atualmente, esse número foi reduzido, assim como parte de sua cultura.
Outra arte brasileira a ser citada é a do Período Colonial. O Brasil transformou-se em colônia de Portugal, depois da chegada de Cabral e eram feitas construções simples, como as feitorias, várias vilas, engenhos de açúcar como representação da arte. Após a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, foi necessária a construção de casas para os colonizadores.
Na invasão dos holandeses que ficaram no nordeste do Brasil por quase 25 anos, no início de 1624, se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem defendido o Brasil de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram para o Recife, trazendo a cultura holandesa. Outro estilo surgido foi o Barroco, ligado ao catolicismo. A influência da Missão Artística Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população começou a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens dos índios brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes). Já no início do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall (1891-1957) que contribui para o Modernismo. Após a Semana de Arte Moderna, vários artistas começaram a desenvolver um estilo próprio de pintura, sendo ela mais valorizada no país.

Linha de Tempo da Arte:
PRÉ- HISTÓRIA:
-Período Paleolítico e neolítico;
-Primeiras manifestações artísticas, pinturas e gravuras encontradas nas paredes das cavernas.

ANTIGÜIDADE:
Aparecimento da escrita que sucede até a queda do império romano. Período das grandes civilizações, como a Mesopotâmia, Egito, Grécia, e Roma.
o        Mesopotâmia: Construções em adobes (tijolo preparado com argila crua e secado ao sol); Também outros povos se desenvolviam ao mesmo tempo. (Pirâmides Quéops, Quéfren e Miquerinos)
o        Egito: Grande civilização. Povo excessivamente religioso e místico, toda sua vida girava em torno da crença de que a alma voltaria a habitar o mesmo corpo. Monumentos funerários, religiosos. Lei do frontalidade.
o        Grécia: Basicamente ligada aos templos (Colunas Dórica, Jônica e Coríntia). Buscavam no homem e na vida inspiração (padrão de beleza). Uso da figura geométrica ou cenas mitológicas. Teatro (arena).
o        Roma: Construções mais típicas são templos, basílicas, circos, teatros, anfiteatros, e aquedutos; Decoração de paredes e retratos.

ARTE MEDIEVAL:
Deus centro do universo;
Arte Bizantina: mosaico
Românica: uso de rosáceas para facilitar a iluminação interna dos templos;
Góticos: teocentrismo atingiu seu apogeu, toda a vida do homem deveria ser voltada para o aspecto religioso e as igrejas deveriam tornar- se amplas e mais altas.

ARTE ACADÊMICA OU CLÁSSICA:
Do teocentrismo Medieval o homem avança para o humanismo e coloca- se como centro do universo.
Descobre que existem outros povos que habitam o planeta;
Surge a renovação artística e cultural.




RENASCIMENTO:
Os artistas voltam a estudar o corpo humano, procurando perfeição e harmonia das formas, buscando inspiração nos Greco-Romanos: esculturas como a Pietá de Miguel Ângelo Buonarotti, Giotto é o percursor do renascimento, mas Leonardo da Vinci é considerado um dos maiores gênios da humanidade.

BARROCO:
Foi utilizada em relação a arte porque os artistas não observam mais as rígidas regras estabelecidas no renascimento.
No Barroco predomina o aspecto emocional, juntamente com o sentimento religioso.
Abundância de detalhes, violentos contrastes de luz e sombra.

ROCOCÓ:
É graça elegância, erotismo e inspiração mundana.
Os pintores deste estilo usam pinceladas rápidas, leves e delicadas.
O desenho é decorativo.
As cores são claras e luminosas.
Nus femininos.

ARTE NEOCLÁSSICA:
Tendência artística e literária que surgiu em contraposição as idéias do Barroco e do Rococó.
Este estilo representa a restauração ou reconstrução das formas artísticas da Antiguidade Clássica e Greco – Romana.

ROMANTISMO:
Há a valorização do exótico, do pitoresco, do fantástico e do aventuroso.
Delacroix é o expoente máximo da pintura romântica.
Alto relevo, liberdade de composição, exuberância de cor vermelho, contraste de luz e sombra, pinceladas livres.

REALISMO:
Surgiu contrapondo a ideia do romantismo.
O avanço tecnológico fez com que os homens se voltassem para o real, concreto, o científico, o objetivo. Começa a surgir grandes edifícios de ferro, concreto e vidro, muito aço. Desaparecem das pinturas os santos, histórias e literários.
O pintor só pinta o que viu e o que está vendo.
Artista: Rodin

ARTE MODERNA, PÓS- MODERNA E CONTEMPORÂNEA:

IMPRESSIONISMO: Pintura baseada nas diversas variações da cor da luz. Pintavam ao ar livre, procurando fixar em suas telas a luminosidade e a atmosfera do ambiente. Artistas: Manet, Monet, Cézanne, Degas, Renoir.
EXPRESSIONISMO: Surge em oposição ao impressionismo e reflete a angústia e a instabilidade do período entre a primeira e segunda Guerra Mundial. Pintura deformada de imagens e da realidade, emocional, sentimental, utilizando temas como o amor, o ódio, a miséria, o medo, a solidão, a prostituição e outros. Artistas: Van Gogh, Munch,
FOVISMO: Deformadores de imagens da realidade por isso em suas telas não produzem sentimentos, mas simplesmente sensações, impulsos vitais. É uma pintura que agride por suas cores fortes e quentes. O desenho e a forma estão em segundo plano. Artista: Matisse
CUBISMO: Simplificação e geometrização da forma. Abandono da terceira dimensão. Trata as formas como se fossem cones, esferas e cilindros. Artistas: Paul Cezann, Pablo Picasso, Mondrian.
ABSTRACIONISMO: É uma pintura cuja forma não possui qualquer relação com as imagens ou aparências da realidade exterior. Artista: Kandinsk, Mondrian, Paul Klee, Duchamp.
DADAÍSMO: Pintura irracional, sem sentido, debochada, satírica. Reflete um espírito de insatisfação e tédio, pois surgiu num período de saturação cultural. Desordem duvida improvisação. Artista: Duchamp
SURREALISMO: Sem preocupação estética ou moral baseia-se inteiramente no comando do subconsciente. Baseado nos valores do sonho e suas associações. Artistas: Dali, Miro, Picasso.
FUTURISMO: Pintura dinâmica, vertiginosa, compatível com a velocidade da era da maquina. Usam formas geométricas para dar movimento. Artista: Duchamp
OP ART: Propõe participação ativa do contemplador na obra. Criação em série, simboliza o mundo precário. Artista: Vassarely.
POP ART: Evidencia o cotidiano, o comum. Exagero de formas para chamar atenção. Expressão do vulgarismo americano valorizando produtos fabricados e consumidos em massa. Artista: Warhol.
Outra forma de arte é o trabalho feito com a música, onde podemos expressar nossos sentimentos, sentir vibrações, agregando conhecimentos de determinados ritmos, letras e culturas. Possibilitando desta maneira, agregar o trabalho pedagógico do letramento com a ludicidade da música.
Para isto no próximo capítulo iremos conhecer um pouco da história da música no Brasil.
 2 - a história da música no Brasil
A música do Brasil se constituiu a partir da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos concomitantemente por colonizadores portugueses, escravos e os padres jesuítas que a usava em cultos religiosos e para atrair atenção à fé cristã. Os nativos que aqui já habitavam também tinham suas práticas musicais, ato que ajudou a formar uma enorme variedade de estilos musicais, que se consolidaram com o decorrer da história. Em terras brasileiras, as primeiras manifestações musicais, que recebem registros históricos, são as dos padres jesuítas, que, naquele momento, queriam mais fiéis para sua igreja do que promover educação ou manifestações artísticas por meio de sua música.
A ligação dos índios com os jesuítas ficou mais estreita por meio da música que os padres usavam para catequizá-los. Logo após sua chegada, os jesuítas levantaram aldeamentos que chamavam Missões ou Reduções, esses locais serviam para levarem sua fé aos índios e para se manter com certa tranquilidade no Brasil Colonial. Apesar de haver ensino de cantos e apresentação de instrumentos pelos padres jesuítas, não havia conotação educativa nessa prática, esse processo era puramente religioso, usado para espalhar a fé dos padres pela população indígena.
A partir do século XVII, a música popular ganha força no Brasil, principalmente o lundo ou landu, inicialmente uma dança africana. No período colonial e primeiro império chegam ao Brasil as valsas, polcas, tangos e outras diversas manifestações musicais estrangeiras, que nos Brasil achavam veículo de expressão.
Aos africanos trazidos, como escravo ao Brasil, deve-se boa parte da concepção da nossa música popular. Foi, certamente, a relação com o povo africano que enriqueceu a parte rítmica da música feita no Brasil e nos levou a nossa riqueza musical.
Já no fim século XIX e início do XX, com o fim da escravidão em 1888, são abertas novas fronteiras para a vinda de imigrantes europeus, para o trabalho nas lavouras de café e algodão. Esses chegam com diversos ritmos de sua terra natal, como a mazurca, que acaba sendo abrasileirada (sic.) e transformada no maxixe.
Essa transformação de ritmo dá origem ao choro. Porém, uma música popular brasileira só se formaria mesmo com o carnaval carioca e a chegada do gramofone ao Brasil na década de 1930 do século XX. Apareceria então o samba urbano, o ritmo mais famoso do Brasil. Depois disso, com o rádio, a televisão e a indústria fonográfica a música popular se consolida e chega à variedade gigantesca que hoje encontramos.
            Em relação ao ensino de música, do descobrimento até meados do século XX, este acontecia de forma geral e casual, sem conotação educativa, sem registros que esclareçam uma organização pedagógica no seu uso. Era utilizada na perspectiva de ensinar a tocar instrumentos (cravo, piano, violão) ou para professar a fé cristã pelos padres jesuítas e como manifestação cultural.
Só em 1854, por decreto real é regulamentado o ensino de música no Brasil, mas não havia formação compatível, por parte dos professores, e a música era usada para o controle dos alunos. Loureiro (2003) explica que nessa fase era dada pouca ênfase aos aspectos musicais pela escola. A visão de trabalhar na educação musical os aspectos culturais dos alunos, seu meio e a música como elemento de interação entre as outras disciplinas escolares, apareceriam em nossa história a partir da metade do século XX, junto à evolução da educação infantil como instituição educativa.

3 - a contribuição da música para o processo educativo
A música pode possibilitar no imaginário da criança a passagem para um mundo desconhecido, sabe-se que, é da própria natureza da música nos encantarmos com grandes fantasias e imaginações, ou seja, tudo isso pode ocorrer com o simples fato de ouvi-la.
Ela surge por meio dos sons e está inserida no cotidiano das pessoas, ou seja, na fala, nos objetos que se utiliza no dia a dia, no movimento, entre outros exemplos.
A música consegue tornar qualquer ambiente mais agradável, mais leve, mais prazeroso, ela se faz presente no universo infantil desde muito cedo, e com isso consegue encantá-las com seus diversos elementos, como a melodia, a harmonia e o ritmo. Na vida infantil o ensino da música vem como forma de compreensão de mundo.
Neste sentido as crianças relacionam a música com conhecimentos que elas já possuem do seu cotidiano com sua família, com seus amigos e todos os que as cercam, o que possibilita ainda mais a aprendizagem. Elas adquirem conhecimento quando este passa a ser concreto, ou seja, quando elas passam a experimentá-lo.
Portanto, nas situações do dia a dia, quanto mais elas receberem estímulos, mais desenvolverão seu intelecto. Quanto maior o número de atividades como: cantar, dançar, fazer gestos, bater palmas, movimentos com o corpo, pés e mãos, mais favorecido será o senso rítmico e a sua coordenação motora, o que para os anos iniciais de ensino l é importantíssimo, pois auxilia também na alfabetização. Estímulos colocam a inteligência em prática, pois segundo Britto o estímulo sonoro aumenta as conexões entre os neurônios e, de acordo com cientistas de todo o mundo, quanto maior a conexão entre os neurônios, mais brilhante será o ser humano. (2009, p.3).
            As práticas escolares visam estimular o desenvolvimento cognitivo e para esse objetivo é fundamental entender o processo no qual o cognitivo se relaciona com a música. Através de estudos pôde-se perceber que o desenvolvimento musical, envolvendo a reação do ser humano ao ouvir músicas, mostra as várias etapas que o sujeito percorre, como alegria, tristeza, euforia, relaxamento, e isso pode ser percebido nas crianças através das suas reações, pois cada uma reage a sua maneira, umas batem palmas, outras mexem as pernas, outras a cabeça etc.
            Em se tratando de formas de expressão humana, a música justifica seu papel na educação, principalmente na educação infantil, pois através dela a criança compreende o mundo em que vive e desenvolve aptidões como criatividade e expressão.
A música tem grande importância no ambiente escolar e vai além da motivação, ajudando no desenvolvimento da criança. Usando a música com frequência no ambiente escolar, temos uma ferramenta no processo de aprendizagem da leitura e escrita, onde acaba ampliando o gosto pelos assuntos apresentados em sala, na interação com o outro, na formação de conceitos e no desenvolvimento da autoestima.
Presente em várias atividades da vida humana, a música se apresenta também de muitas formas no contexto da educação infantil. Podemos ver isso nas diversas situações, como nos momentos de chegada, hora do lanche, nas comemorações escolares como danças, nas recreações e festividades em geral. E não é diferente na vida das crianças em suas relações com o mundo.
Ao trabalhar a música na escola, não podemos deixar de considerar os conhecimentos prévios da criança, incentivando a criança a mostrar o que ela já entende ou conhece sobre esse assunto, deve ter uma postura de aceitação em relação à cultura que a criança traz.
A música tem como propósito favorecer e colaborar no desenvolvimento dos alunos, sem privilegiar apenas alguns alunos, entendendo esta, não como uma atividade mecânica e pouco produtiva que se satisfaz com o recitar de algumas cantigas e em momentos específicos da rotina escolar, mas envolve uma atividade planejada e contextualizada, como prevê o RCNEI, além de

explorar as múltiplas possibilidades que a música tem em seu ensino, como explica Loureiro:

Atenção especial deveria ser dispensada ao ensino de música no nível da educação básica, principalmente na educação infantil e no ensino fundamental, pois é nessa etapa que o individuo estabelece e pode ser assegurada sua relação com o conhecimento, operando-o no nível cognitivo, de sensibilidade e de formação da personalidade. (2003, p.141).

Para ser significativa e atingir seus objetivos, a música deve ser trabalhada de diferentes formas, como por exemplo, com exercícios de pulsação, parâmetros sonoros, canto, parlendas, brincadeiras cantadas, sonorização de histórias. Pode-se trabalhar com os alunos ruídos cotidianos, o que parece muito interessante, uma maneira de explorar os sons ou ruídos de uma forma muito completa. Na educação infantil, podemos buscar um trabalho que permita o aluno a experimentar sensações e sentimentos como de tristeza, alegria, etc.
Propor atividades e brincadeiras onde os alunos possam reproduzir sons do dia a dia, de animais, cachorros, cavalos e o som dos carros. BRITO (2003) relata em especifico que “esses jogos trabalham usando ações dos cotidianos dando base para desenvolver muito a criatividade e atenção das crianças”.
            O uso ou o trabalho com a música tem como enfoque o desenvolvimento global da criança na educação infantil, respeitando sua individualidade, seu contexto social, econômico, cultural, étnico e religioso, entendendo a criança como um ser único com características próprias, que interage nesse meio com outras crianças e também explora diversas peculiaridades em todos os aspectos.
            O caminho para a viabilidade da música nas escolas, aqui especificamente na educação infantil se dá pelo uso de ferramentas para sua reflexão, práticas para que se faça o uso correto da música, trabalhar a diversidade e o contexto do aluno, explorando suas potencialidades.
A atividade musical e as demais artes, unidas ao jogo recreativo, são uma base forte na educação infantil. Em relação a estes aspectos, Brito explica que:

[...] importa, prioritariamente, a criança, o sujeito da experiência, e não a música, como muitas situações de ensino musical consideram. A educação musical não deve visar à formação de possíveis músicos do amanhã, mas sim à formação integral das crianças de hoje (2003, p.46).

Então é preciso mostrar e entender a prática de como a música pode ser usada na escola, ou seja, apresentar atividades com música que contribuam no desenvolvimento das crianças da educação infantil, bem como atividades musicais que possam contribuir no trabalho com o aluno e como pode ser usada.
            Assim no próximo capitulo será exposta a observação sobre os trabalhos realizados com música, em uma turma de três e quatro anos na Educação Infantil da Rede Pública de ensino.

 4 - O USO DA MÚSICA NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na observação realizada na Educação Infantil da Rede Pública, com crianças de três e quatro anos de idade, por um período de aproximadamente dois meses, pude observar várias prática com o uso da música e qual seu objetivo no processo de ensino aprendizagem.
Em um primeiro momento, durante a semana a professora trouxe algumas músicas, que as crianças ouviram em roda, onde cantavam e depois conversavam sobre as canções. A mesma fazia perguntas como:
- O que a música conta?
- Sobre o que ela fala? Fala de algum animal?
- Qual parte da música você mais gostou?
- E qual desenho você faria para esta música?
As crianças ficavam empolgadas, querendo todos falar ao mesmo tempo, onde eram conduzidas pela professora a levantarem a mão e falarem um de cada vez. Na roda apresentaram diferentes opiniões em relação a percepção musical, foi neste momento que a professora discutiu em grupo os fazendo ouvir e pensar a respeito sobre a opinião do amigo, trazendo ao final a mensagem expressa na música.
Após esta atividade, a professora apresentou para a turma a letra da música impressa e pediu que os alunos desenhassem os personagens da música ao lado da letra, com a intenção que além de desenharem, as crianças percebessem as letras e as palavras, ou seja, percebessem como a música é escrita.
Neste momento, uns alunos apenas desenharam os personagens, outros desenharam as letras e outros desenharam os personagens e as letras. Ao final a professora conversou com eles a respeito da atividade e perguntou se eles perceberam que podemos escrever tudo aquilo que falamos ou cantamos, podendo ser registrado através da escrita (das letras).
Uma das músicas cantadas foi:
 O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer
Mas que chulé!!!
Ao olhar os desenhos desta música
A professora percebeu que quando as crianças foram fazer o registro desta música, todas elas desenharam o sapo, aí perguntou para a turma:
- Por que vocês desenharam o sapo?
- Não dá para desenhar outra coisa?
Pediu que cantassem a música novamente e que prestassem atenção qual outra coisa eles poderiam desenhar que faz parte da música também. Um dos alunos foi logo dizendo:
- Ah, podemos desenhar o pé de chulé. Nesta ocasião todos sorriram e disseram é mesmo, mas como vamos fazer o chulé? A professora aproveitando o gancho produziu com a turma um cartaz coletivo, onde fizeram o pé, o sapo e um rio, demonstrando desta maneira que devemos prestar atenção em tudo o que a música fala, demonstrando desta maneira outras possibilidades.
Outra música bem conhecida, que trouxe contribuições diferentes para a turma foi:

1 2 3 indiozinhos
4 5 6 indiozinhos
7 8 9 indiozinhos
10 num pequeno bote
Vinham navegando pelo rio abaixo
Quando um jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase, quase virou, Mas não virou!
Com esta música, além de trabalhar todas as questões já citadas, a professora aproveitou para apresentar os números escritos e suas representações em forma de desenhos. Com esta atividade as crianças da turma que apresentavam dificuldades em reconhecer os números, passaram a reconhecer e mostrar com o dedinho os números. Foi muito interessante, pois aprenderam de maneira lúdica, prazerosa, pediam para cantar todos os dias as músicas expostas.
Além disso, foi trabalhado com a turma: parlendas; brincadeiras de roda; apresentação musical para outras turmas; dança das caeiras e música clássica.
Com as parlendas as crianças se divertiam, pois cantavam sem parar e ao mesmo tempo aprendiam, pois assim como outros gêneros orais tem um papel significativo no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, pois:

A parlenda é um rico enunciado lúdico pedagógico que diverte, ensina, pela sua forma rítmica, sonora e motora, uma vez que desenvolve as condições linguísticas e socioculturais do homem. Este texto da tradição oral é utilizado, especialmente na fase infantil, como ferramenta de interação e divertimento. (BESERRA; RODRIGUES, 2010, p.67).

Nas brincadeiras de roda, todos participavam com entusiasmo, euforia e dedicação, cumpriam as regras e dedicavam-se ao máximo para ficar até o final. Um desses momentos foi na brincadeira do Lencinho na mão, ao qual a professora me relatou que no principio, a turma não entendia bem as regras, mas que no decorrer dos meses e com prática semanal, todos aprenderam e começaram a levar a sério o momento da brincadeira.
Brincando de roda e cantando a criança exercita espontaneamente o seu corpo, desenvolve o raciocínio e a memória, estimula o gosto pelo canto, pois é através das brincadeiras cantadas que segundo Cascudo:

Ao cantar, a criança está correspondendo às suas necessidades vitais e dando vazão a impulsos que lhe permitem desenvolver-se como ser pleno e afirmar a sua existência. É um movimento que faz parte dos seus esforços de compreender o mundo, e que a torna capaz de lidar com problemas até complexos e que muitas vezes tem dificuldade de compreender ( 2001).

As cantigas de roda trabalham o lúdico que tem um papel admirável na educação infantil, pois a criança, ao participar de ações lúdicas, cria e vive momentos de simbolismo, além de ampliar seu vocabulário. Essas atividades lúdicas, quando bem direcionadas, trazem grandes melhorias na saúde física, mental, social e intelectual da criança.
A atividade lúdica mostra-se como instrumento facilitador da aprendizagem, possuindo valor educacional e instituindo condições para que a criança explore seus movimentos. E as cantigas, sempre apresentaram seu papel educativo, servindo a um propósito pelo efeito que esta provoca na alma humana.
            Já com as apresentações musicais, as crianças se dedicavam desde a criação do figurino, os ensaios, até o dia em que se apresentavam. Isto trouxe prazer para a turma, além de contribuir para a autoestima das crianças mais tímidas, que acabavam se envolvendo nos processos de confecção de figurino até o dia da apresentação, que de acordo com Gainza:


Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui ativamente para a afirmação ou para a restauração da ordem mental no homem (1988).

                Com a dança das cadeiras a professora além de usar músicas que as crianças gostavam, ela usava este momento para trabalhar o reconhecimento dos nomes, agregando o letramento ao prazer da brincadeira com o uso da música.






       
 Para Nogueira (2003):

Esse espaço não precisa significar precisamente uma aula exclusiva de música. Mas, que esse espaço possa ser concretizado nas atividades de rotina, nas brincadeiras e em tudo que envolva musicalidade. É importante que esse trabalho não seja superficial e separado do projeto pedagógico, mas que faça uma interligação com tudo que diz respeito ao currículo (s.p).


Porém o trabalho musical que mais me chamou atenção foi com a música clássica, pois a professora trabalhou com ela em diversos momentos.
No primeiro momento ela colocou a música Nona sinfonia de Beethoven e pediu para as crianças fecharem os olhos e ouvirem a música, após o término da música ela fez uma roda de conversa perguntando o que eles sentiram e as respostas foram as mais variadas possíveis, uns disseram que tiveram vontade de sair correndo, outros disseram que ficaram alegres, outros que tinha hora que queriam rir e outras que ficaram com vontade de se mexer.
Na segunda atividade, a professora conversou com a turma, para retomar a lembrança da música, pois, esta aconteceu em outro dia da semana e pediu que todos ficassem de pé e colocou a música novamente pedindo para que eles dançassem conforme suas sensações foram muito diversificadas as reações das crianças, uns pulavam, outros corriam, outros se contorciam e outros apenas balançavam o corpo fazendo gestos com as mãos. Estas atividades tinham como foco, perceber como cada criança reage diferente ao mesmo estímulo e apresentar a música clássica para a turma, pois a música: 

“[...] acompanha os seres humanos em praticamente todos os momentos de sua trajetória neste planeta. E, particularmente nos tempos atuais, deve ser vista como umas das mais importantes formas de comunicação [...]. A experiência musical não pode ser ignorada, mas sim compreendida, analisada e transformadas criticamente” (Nogueira 2003).

No terceiro momento pediu que a turma sentasse nas cadeiras com seus nomes e entregou o caderno de desenho para cada criança, colocando sobre a mesa lápis de cor e giz de cera. Então contou que colocaria a música clássica 9ª Sinfonia de Beethoven novamente e que eles deveriam desenhar conforme  o que cada um iria sentir ao ouvir a música.
As crianças me surpreenderam, pois fizeram desenhos com pessoas chorando, outras desenharam montanhas, outras apenas fizeram círculos, pois alegaram que tinham vontade de desenhar sem parar em formas de círculos, outras fizeram um sol, pois falaram que o sol esquenta e a musica parecia quente e forte e outras desenharam normalmente, sem que a música interferisse nos seus sentimentos.
Após esta etapa a professora apresentou para a turma outro ritmo da música de Beethoven, em roda, pediu que as crianças fechassem os olhos e colocou a Sonata Clara de Luna, desta vez uma música tranquila, lenta. As crianças ficaram paradas ouvindo com atenção, umas até deitaram no chão para terminar de ouvir. Na roda de conversa ao término da música, as crianças disseram que deu vontade de dormir, outros que ficaram tristes, outros que era gostoso ouvir.
Em seguida, colocou novamente e pediu que dançassem ao som da música, ao contrário da outra, nesta música, eles faziam movimentos tranquilos, uns davam as mãos e iam deslizando como bailarinas, balançavam seu corpo devagar e tranquilamente. Neste momento foi perceptível como os ritmos interferem nas ações das crianças, como um ambiente tranquilo e calmo, faz com que as crianças também fiquem tranquilas.
Os desenhos com esta música também foram diferentes, uns desenharam flores, outros o céu, outros um rio, outros pássaros e conforme a professora questionava os desenhos todos dizia que era um lugar com poucas pessoas e muita natureza, uma criança disse que ficou triste, pois se lembrou da mãe e ficou com saudade e devido a isto a desenhou.
Durante o mês a professora sempre trazia brincadeiras novas, ritmos novos, momentos de ouvir, dançar, brincar, aprender e desenhar com música.
Portanto trabalhar com música é uma atividade significativa, desde que bem explorada, pois acreditamos que ensinar a criança a ouvir e sentir com os olhos da imaginação, podendo assim expressar as músicas ouvidas. Diante de tudo o que foi observado e pesquisado dará início às considerações a respeito da Importância da música na Educação Infantil.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como objetivo compreender como se dá o trabalho da música na Educação Infantil, e quais os reais objetivos que norteiam a realização desta no espaço de educação com as crianças, procuramos então identificar as relações que a música pode contribuir para o processo de ensino aprendizagem.
Com o objetivo de avaliar, em caráter qualitativo, e observar este trabalho na Educação Infantil pública, destaco que as salas de aulas possuem cartazes com músicas diversas, onde estão presentes em todos os momentos da rotina da turma, com repertório de qualidade, com vocabulário diferenciado, contextualizando a realidade com o imaginário, onde a professora utilizou-se da música para trabalhar o conhecimento prévio da criança.
Chego ao fim deste trabalho com a ciência de que estamos longe de encontrar respostas definitivas ou modelos únicos, mas podemos através desta traçar caminhos para chegarmos a desenvolver uma atividade significativa na Educação Infantil, saindo do julgamento de que as crianças não compreendem o que estão fazendo ou ouvindo e o que acontece nesta fase de nossas vidas não interferirá no adulto que seremos e em nossos futuros hábitos, como o de ouvir e experimentar diversos ritmos musicais. E o que gostaria de mostrar com esta pesquisa é que se trabalharmos a prática da música de forma significativa e prazerosa com nossas crianças podemos contribuir para a formação crítica e reflexiva.
Observo também a necessidade de realizar um trabalho contínuo para a formação de professores sobre a importância de atividades com a música, pois a realização destas se concretiza na Educação Infantil como uma possibilidade de desenvolvimento das crianças. A professora da turma observada apresenta conhecimento sobre o valor desta para as crianças (alunos), e que através da música se dá o inicio da construção de uma nova consciência, sendo este o motivo que nos levou a pesquisar sobre a importância deste trabalho desde a infância, pois a música recorta o real, resume e decifra ponto de vista e ideologias possibilitando aos alunos fazer a releitura do que está ouvindo e encontrar sentido na escuta a partir de seu repertório. Uns dos pontos positivos observados durante esta pesquisa foi de perceber que além do real objetivo da música ser compreendida em sua amplitude, possibilitam o acesso das crianças a novos ritmos, o que motiva nossos pequenos a se interessar pelas variadas músicas.
Contudo ressalto que a observação foi realizada em apenas uma sala da Educação Infantil, devido ao tempo hábil da pesquisa. Dentro deste processo surgiram alguns questionamentos para futuros aprofundamentos, em relação ao uso da música na Educação Infantil, que não puderam ser contemplados em sua amplitude, mas que acredito serem importantes neste processo, como: quantos professores usam da linguagem musical para estimular o ensino dos alunos de forma prazerosa e com qual frequência outros professores se utilizam da música no processo de ensino aprendizagem.
A música aliada ao ensino é entendida por muitos autores pesquisados como importante instrumento pedagógico. O papel da música aqui discutido é o ato do professor cantar, trabalhar a música ou tocar alguns instrumentos, tendo como objetivo o desenvolvimento da criança.
            E com base nas pesquisas e leituras realizadas, posso dizer que a música é essencial na formação das crianças, pois é rica em informações e oferece um amplo campo de trabalho. Propiciando, gerando e desenvolvendo o cognitivo das crianças.
Ela já se faz presente no cotidiano da educação infantil, mas deve ser trabalhada com finalidades e não apenas como forma de coibição, disciplina ou memorização. E cabe aos professores a ação de facilitar cotidiano do ensino aprendizado, com as mediações que trarão resultados positivos não somente no processo da educação musical, mas também nas disciplinas inclusas no currículo escolar.
Cabe ao professor propiciar aos alunos momentos prazerosos, com atividades lúdicas e expressivas. Utilizando-se dos mais variados recursos didáticos para causar em seus alunos deslumbramentos que os marcarão e que carregarão para o resto de suas vidas.
Concluo assim que a importância da música na Educação Infantil é fundamental no desenvolvimento das crianças, pois o ato de ouvir estimula a aquisição de conhecimentos, sentimentos e sensações, proporcionando um desenvolvimento favorável para o vocabulário das mesmas, podendo desenvolver o prazer da aprendizagem para que no futuro possam ser autônomos em suas escolhas.

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